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Egle, natural da Venezuela, confeiteira em Boa Vista (RR)

Gastronomia

Egle

Egle tomou a difícil decisão de deixar a Venezuela e vir ao Brasil em outubro de 2020, em um dos momentos mais críticos da pandemia. Caminhou por 12 horas, ao lado do filho de nove anos, para conseguir atravessar a fronteira. Ao chegar em Boa Vista, foi morar com o companheiro que já estava em Roraima há dois anos. “Eu trabalhava na Venezuela como funcionária pública, porém, a minha remuneração baixou de tal maneira que só dava para comprar um pacote de arroz no mês. Além disso, não tinha mais educação para meu filho. Tornou-se impossível viver na Venezuela. Eu não podia deixar que meu filho passasse por isso”, conta.

Depois de alguns meses morando em Boa Vista, Egle engravidou de uma menina. Quando ela completou 11 meses, Egle se questionou sobre como poderia auxiliar na renda de casa - o marido trabalha como padeiro e confeiteiro em uma empresa -, mas sem deixar de lado os cuidados com a bebê. Uma sobrinha deu a ideia de desenvolver logotipos e publicidade para empresas divulgarem nas redes sociais. Durante o ano de 2022, ela se dedicou ao empreendimento na área de identidade visual, mas enfrentava muitos desafios para conseguir clientes.

Assim, em 2023, diante da demissão do companheiro e em busca de um novo empreendimento, eles começaram a vender sonhos nas ruas de Boa Vista, com um investimento inicial de R$ 60. Além dos quitutes que comercializam na Rua Mestre Albano, no bairro Buritis, começaram a preparar bolos e salgados, surgindo assim a ELohim Cake Shop. Os planos de casal são ampliar a gama de produtos para pizzas e pães e ter ainda uma loja para comercializar os itens.

(Texto incluído na plataforma em Setembro de 2022 e atualizado em maio de 2024)

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